segunda-feira, 14 de julho de 2014

Dr. Maurice - Doenças Psicossomáticas

DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
 

Para falarmos sobre doença psicossomáticas, novamente vamos ao encontro da tese François e Francis Cartier, defendida plena e arduamente pelo dr. Theil, tendo por base que a maioria das doenças invade o organismo quando o sistema nervoso está desequilibrado.
Os sintomas das doenças psicossomáticas surgem para aplacar o estado de conflito, fazendo morrer em seu nascedouro as necessidades instintivas. Portanto não se deve dar muita importância á organização somática do doente, mas sim, aos conflitos da história de sua vida, que se lhe acarretam os sintomas. Nesse setor a homeopatia e os médicos homeopatas possuem uma ascensão muito grande sobre os médicos alopatas.
 
A medicina do futuro não será aquela a que os médicos devam esperar os pacientes terem irritações, inflamações, erosões, úlceras, para posteriormente tratá-las, e sim, evitar que tais manifestações surjam.
 
Comumente, quando o paciente se queixa, é normal ao médico requisitar uma série de exames. Constando o resultado, onde nada se apura de somático, o médicos diz ao paciente que ele não tem doença alguma. Esse paciente se revolta com tal diagnóstico, poiso médico diz que ele não tem nada, mas ele está sofrendo. Todavia, o examinando tem algo muito importante: são manifestações clínicas com sintomas funcionais localizados ou difusos, em face de algum conflito.
Algum tempo depois, esse mesmo paciente volta com padecimentos maiores porque esse conflito já está se organizando numa gastrite, numa úlcera ou em alguma outra doença. Desta vez, o médico, diz: "agora sim, o senhor está doente!" Este diagnóstico é tardio, pois o paciente já estava doente desde a primeira vez que procurou o médico, pois ele possuía um desvio de saúde muito antes da lesão orgânica.
 
O termo psicossomático começou a ser empregado nos século XIX por cientistas, para designar fenômenos biológicos de origem psíquica. Inúmeros casos de distúrbios orgânicos como de integrais, cólicas menstruais, artritismo, bronquite, enxaqueca e outros foram satisfatoriamente tratados pela psicoterapia.
 
O desenvolvimento dos estudos psicossomáticos encontrou sérios obstáculos, decorrentes de inúmeros preconceitos que envolviam os estudos psicológicos, como o processo da patologia celular e da microbiologia que monopolizavam o interesse científico da época. Ainda hoje, ao se diagnosticar uma enfermidade, considera-se apenas a causa externa, presumida, quase sempre como infecciosa, negligenciando-se o organismo como um todo, a personalidade global do paciente, sua história pessoal e os fatores ambientais.
 
Devemos muito a Alfredo Adler e a Sigmund Freud o avanço da medicina psicossomática .
 
Devido a inúmeras pesquisas, é possível delinear os perfis despersonalizados dos portadores de úlcera gastroduodenais, artrites, distúrbios coronários, colites e até mesmo de doenças provocadas. Observou-se que os efeitos fisiológicos do medo era raiva, mostrando seus mecanismos neuro-humorados. Evidenciou-se a atividade nervosa superior e o funcionamento visceral.
 
Atualmente, a medicina psicossomática orienta-se cada vez mais para a chamada medicina de ligação. Engloba o estudo do relacionamento do médico com o doente, do doente com o meio ambiente; observa o comportamento do indivíduo em relação á doença e ao momento antes de seu aparecimento, convidando a reação do próprio meio ambiente em relação ao enfermo. Mediante isso, o conceito da doença psicossomática , como perturbação orgânica de influência mental, tornou-se menos categórica. Já não se admite a separação entre corpo e a psiquê: o indivíduo é definido como uma totalidade contínua, englobando-se as duas partes num só processo. Quando abusadas partes adoecem, o todo sofre alterações e deve ser medicado.
 
Na medicina do futuro, o médico deverá estar preparado para cuidar dos problemas conflituoso iniciais da vida do indivíduo, pois são eles que, muitas vezes, geram doenças, ou combalem o organismo, propiciando-lhes a infiltração das enfermidades.
 
Os conflitos, os problemas que se deparam em nossas vidas, que por mais que queiramos, não encontramos a devida solução. Esses problemas geram conflitos e se inscrevem no corpo, caracterizando-lhe doença somática, pois são estados de conflito mental, não satisfatoriamente resolvido, mobilizando órgãos em sua direção. Chamamos esse conflito de conflito psíquico. Entende-se por conflito psíquico o encontro de tendências de um lado, impulsos instintivos de outro, tendências afetivas incompatíveis em sua consecução pelas exigências morais, sociais e culturais.
Geralmente, as doenças ocorrem depois de um conflito na vida do indivíduo, e quanto mais sensíveis estes forem, maiores as probabilidades de infiltração de doenças se verificarão.
 
Comumente, deparamos-nos com pessoas propensas a inúmeras doenças, depois de uma grande desilusão matrimonial. Seu subconsciente não aceita o engodo a que foi submetida, enquanto um conflito interno lhe debilita o corpo físico.
 
Deparamos-nos com pais e mães inconformados com os vícios e atitudes perniciosas de seus filhos, sofrendo de dores atrozes.
 
Deparamos-nos com crianças doentias, cujos pais vivem se digladiando eternamente.
 
Deparamos-nos com gestações complicadas, devido a insegurança de seus cônjuges.
 
Deparamos-nos com desencarnes prematuros, cujos organismos debilitados dessa forma se destroem, devido aos sistemas nervoso e psíquico abalados.
 
Deparamos-nos com seres descrentes, doentios, cujas dores dificilmente são encontradas em sua origem, após uma separação matrimonial.
 
Deparamos-nos com indivíduos deveras acometidos, após uma grande tensão emocional.
 
Deparamos-nos com pessoas acometidas de dores fortíssimas, por estarem sob tensão nervosa ou sob conflito emocional. Essas criaturas parecem ter sobrei si um rosário de dor, uma cruz que se nos parece impossível de ser suportada.
 
Todavia, vamos ver tudo o que a medicina psicossomática nosso revela sob o prisma do Espiritismo:
 
Se estamos continuadamente passando por conflitos psíquicos é porque no passado, em pretéritas encarnações, provocamos esses conflitos a outrem, e como não existe semeadura sem colheita obrigatória, colhemos o que semeamos outrora.
 
Se atualmente sofremos de dores provenientes de agruras, da adversidade, devemos compreender que a Justiça Divina e sábia e nos proporciona meios de lapidarmos nossos próprios defeitos.
 
Se nossa inconformação com os vícios o e atitudes de nossos filhos nos provocam dores, devemos compreender que, no passado, provocamos esses mesmas dores e inconformações em outrem. Não existe efeito sem causa, como também colheita sem semeadura. Procuremos, portanto, nos conformar com a situação que a vida de nos venha apresentar.
 
Vamos enfocar outro ângulo desse mesmo problema:
Inúmeras vezes, os médiuns vêem no perispírito da pessoa uma determinada moléstia que ainda não foi diagnosticada no corpo carnal. Essa doença psicossomática, que está gravada no perispirito e não no corpo carnal, que poderá ou não aflorar no veículo físico, dependendo do carma individual de cada um. Outras vezes, essa mesma moléstia é afastada temporariamente ou mesmo sanada, se houver méritos para tanto. Vamos enfocar outro ângulo:
 
Fluidos deletérios ou benfazejos poderão aumentar ou diminuir esses problemas. Os primeiros emanados por entidades trevosas, atuam em determinados órgãos, que mesmo após serem totalmente retirados, conforme a sua densidade, atuam sobremaneira nos órgãos doentes, intensificando-se-lhes a dor, principalmente se está fizer parte do carma do indivíduo.
 
Sem querem esses irmãozinhos menores contribuem com uma pequena parcela em nossos pagamentos de débitos. Sem querer, nós proporcionam benefícios, ao invés de malefícios. Os segundos proporcionam um abrandamento, um lenitivo para as nossas dores. Se elas fizerem parte do nosso carma, não poderão ser completamente sanadas. Todavia, se possuirmos os méritos necessários, poderemos obter um alivio por horas, por minutos e até por dias. Se não fizerem parte de nosso carma, serão sanadas totalmente. Se as doenças psicossomáticas não estiverem incluídas no carma do indivíduo,um tratamento espiritual poderá saná-las completamente, cessando o mal antes mesmo de acometer o indivíduo. Por esse motivo, inúmeras vezes mandamos intensificar o tratamento sobre um determinado órgão. Isto não indica que comumente esse órgão esteja lesado. Poderá indicar que tentamos impedir que o mesmo seja afetado. Como podem ver, filhos queridos, existem inúmeras coisas indecifráveis para vós entre o Céu e a Terra. Existem inúmeras coisas que podemos evitar e outras tantas, nas quais não podemos interceder. Devemos respeitar vossos livres arbítrios, vossos méritos ou deméritos, as vossas semeaduras e, também, as vossas colheitas, sobretudo devemos respeitar os desígnios e a justiça de Nosso Pai, Todo Poderoso.
 
Que minha pequena e efêmera explanação consiga abrir uma réstea de luz para os vossos conhecimentos, caríssimos irmãos.
 
Maurice.
Psicografada em 27/12/1988.

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