sexta-feira, 20 de dezembro de 2013


Fabius – Os Sonhos

Inúmeras vezes deparamo-nos com indivíduos que, ao acordarem, dizem: “Puxa, tive um grande pesadelo”! Outros ainda acordam cansados, outros tristes, outros alegres, satisfeitos, sem saberem, no entanto o motivo de suas efusões. Outro lembra apenas de pequenas coisas, sem nexo. Outros, de um símbolo, como uma serpente rastejante, ou diversas cobras rodeando o indivíduo. Enfim, variáveis e incontáveis são os sonhos em que o encarnado fica por vezes meditando, incansavelmente, procurando por uma razão para aquilo que se lembra.

Os sonhos, às vezes, advêm do subconsciente do individuo, no qual ele procura encontrar uma resposta para fato comezinho. Se a pessoa sente qualquer necessidade física, como por exemplo, sente fome ou sede, o subconsciente logo arranja uma situação para sanar aquela vontade sem, no entanto, satisfazer-lhe o desejo plenamente. A pessoa vê-se diante de uma lauta mesa ou de uma fonte cristalina, em que diversos empecilhos impedem-na de saciar a sua vontade. O mesmo se dá quando a pessoa é acometida de dores, quando a subconsciente procura encontrar uma resposta para esclarecer a origem da dor, criando cenas inexistentes. Porem, em muitas ocasiões, o espírito desprende-se do corpo e vai de encontro do que ânsia, e do que sucedeu há pouco ou há muito tempo, na presente encarnação ou em pretéritas encarnações. Se foi em remota vida, toma a forma que tivera naquela encarnação. Se o fato refere-se à atual experiência física, apresenta-se como é nesta oportunidade.

Quando o acontecimento é uma advertência das Entidades de Luz, que visa o aprimoramento espiritual, o ser encarnado dele se lembra perfeitamente. Mas, inúmera vez recusa-se a fazê-lo, pois quer continuar a trilha dos erros. Quando isso é imprescindível, ou seja, na hipótese de advertência das entidades de luz, o plano espiritual utiliza-se até mesmo do concurso de outras criaturas para o devido esclarecimento, principalmente se tal elucidação implica na felicidade de terceiras pessoas, e evitar a derrocada espiritual das mesmas. Outras vezes, ainda, quando o esclarecimento é dado para o espírito, sem a necessidade de o cérebro carnal estar a par do assunto. Quando isso sucede, o encarnado sabe que sonhou, esforça-se para lembrar sem o conseguir, apesar de todo o seu empenho nesse sentido.

Quando o sonho é proveniente de atos provenientes da vida errônea, de atos contrários as leis estabelecidas, tanto as da Terra quanto as do Plano Astral, se consciente a pessoa, esta acorda triste; se ela não aceita, torna-se taciturna, revoltada, com mau humor. Se ciente de presságios funestos, também entristece, mas sem a revolta de lhe avassalar a alma. Se levada espiritualmente para algum trabalho no espaço, se esse for árduo, acorda cansada; se bem sucedida, além de cansada, acorda satisfeita; caso contrário, desanimada.

Inúmeras vezes, um mentor alerta aquela pessoa, durante o seu desprendimento pelo sono físico, que a maledicência age como uma cobra, que sorrateiramente desliza a fim de lhe desferir a picada mortal, e o encarnado somente se lembra de uma cobra rastejando e indo ao seu encontro, a fim de atacá-lo. Outras vezes menciona que pensamentos maus, contra qualquer pessoa, atingem a mesma como enxame de abelhas, ou como dardos peçonhentos que retornam inevitavelmente para seu emissor. A pessoa recorda-se apenas das abelhas ou dos dardos atingindo alguém. Se for ela própria que emite os maus pensamentos, lembrar-se-á de que as abelhas ou dardos irão retornar para ela mesma.

Lembro-me, certa feita, que procurava consolar a alma querida, muito carente do amor puro e sincero, e lhe disse: quem praticou iniqüidades, em nome do amor, não poderá, enquanto não resgatar seus débitos, usufruir de seus beneplácitos, eis que o amor puro e perfeito não pode ser aviltado, violentado, pois é uma jóia de real valor. Aquele que assim o fizer, vê-lo-á fugir em brancas e translúcidas asas, alcançando horizontes longínquos. E dissertei-lhe sobre o amor e as atrocidades praticadas em nome dele, pois esse ser, ao retornar ao corpo, unicamente mantinha na memória a idéia que sonhara com um grande coração que é o símbolo do amor dourado, cravejado de pedras preciosas, portador de asas brancas e translúcidas, que alçava vôo para longe desse ser apesar dos esforços que fazia para alcançar o coração. Retinham na mente apenas os símbolos que eu havia usado.

Outras vezes, ainda, o espírito, ao sair do corpo, é atraído por outro espírito encarnado, que o impele a saciar seus inúmeros desejos.

Em outra oportunidade, o espírito é atraído por seres que com ele se afinaram durante o transcurso do dia e, conforme os atos praticados se tornam marionete de entidades trevosas, ou acalentado por entidades de luz que o procuram elucidar.

Lembro-me, neste instante, que certa vez, ao procurar esclarecer uma criatura sobre a trilha errônea que escolhera, longe das diretrizes do Mestre, e que a conduziria inevitavelmente para a sua derrocada espiritual. Frizei-lhe, então, que os atos contrários às Leis de Deus avolumam-se, tomando o porte igual ao de altas ondas, se continuasse persistindo nos mesmos erros. Essas ondas tudo destruiria. Todavia, se mudasse o comportamento, aquelas ondas iriam amainar-se aos poucos, e dela dependeria reconstruir tudo ao seu redor.

Ao acordar, a criatura somente se lembrava de um grande maremoto que a tudo destruía, e que lhe cabia, no transcurso de sua jornada, a tarefa de reconstruir o que fora destroçado.

Como vedes o que às vezes pensais ser um pesadelo, tem como finalidade uma grande instrução.

Como aludi alhures, os sonhos podem advir de vossos subconscientes, ou de fatos reais de que fostes espiritualmente co-participantes. Cabe a vós fazerdes uma análise dos mesmos.

Paz e Amor!

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 01/02/1991.

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