Fabius
– Bebidas Alcoólicas - Vício é Dependência,
Dizima
a Família e a Vida
Em minhas peregrinações
pelo Planeta Terra, entre os encarnados, procurei entender o motivo pelo qual
as pessoas entregam-se ao uso de bebidas alcoólicas, buscando investigar as
mais disparatadas desculpas que apresentavam para renderem-se à volúpia efêmera
e passageira do álcool, que tanto dano provoca ao corpo carnal que nos foi
emprestado por Deus, e que teremos, posteriormente, de dar conta do que fizemos
com o mesmo. Dificilmente, nos deparamos com alguém, que diz:
1º) “Bebo, porque me sinto
impotente para me libertar dessa dependência, e necessito de auxílio para
tanto”.
Mal sabe o alcoólatra que,
ao tentar justificar sua dependência ou o seu vício, está ele estabelecendo uma
barreira para a sua própria vitoria. Quando, porém, reconhece que nenhum motivo
para justificar sua permanência ou dependência está abrindo, para si mesmo, a
porta do triunfo, pois a bebida, em si, somente agrava os problemas e, às
vezes, cria outros ainda maiores, como a derrocada de uma vida conjugal.
Mas, como disse alhures,
eles procuram inúmeras razões pra a fraqueza e a dependência alcoólica.
Alguns dizem:
2º) “Bebo para esquecer as
magoas”.
No entanto, estão cansados
de saber que não é o alcool que irão encontrar a solução. Na maioria dos casos,
essa justificativa é dada para esconder um habito que ele já tinha, e que não
deseja confessar. Sendo o alcoólatra um doente, ele deve se conscientizar
disso, para se libertar da dependência desencadeada, talvez, pela propaganda,
conduzindo-o de um estado latente para um estado descontrolado. O que o
alcoólatra deve ter sempre em mente é que, tentando esquecer as magoas advindas
pelo álcool, acabará esquecendo também os deveres, os compromissos e a posição social
que o distingue perante a comunidade.
Nossa vida, quando
encarnados, é uma luta constante. Enquanto permanecermos na vida carnal,
estaremos sempre nos deparando com inúmeros problemas, pois somos eternos
devedores. Tentar esquecê-los não adianta, esse não é o caminho certo. Viver é
lutar, esquecer é parar. É na dura tempestade que o bom piloto se revela e
conquista os louros da vitória. Para cada nova prova vencida, novos horizontes
se abrem, novas experiências se adquirem, e um novo desejo de remir o tempo
perdido toma posse daquele que enfrenta os problemas, com o firme propósito de
vencer e conseguir a ascensão espiritual tão almejada por todos.
Outros dizem:
3º) “Bebo mas não sou
alcoólatra”.
O individuo, que usa e
abusa da bebida alcoólica, não possui condições de avaliar seu próprio estado e
dizer até se é um alcoólatra ou não. Ele não pode ser juiz em causa própria.
Dentro de um poço profundo, nada se vê além da terra que o cerca. O alcoólatra
não enxerga seu estado, e alguns de seus familiares também tentam impedir os
raios de sol com uma peneira, não o querendo considerar como tal. Quando o
alcoólatra não reconhece o seu próprio estado, está bem longe da possibilidade
de se curar. E não raro faz o pior, volta-se contra seus verdadeiros amigos e parentes,
que se mostram realmente interessados e preocupados com sua saúde física,
mental e derrocada espiritual.
Se essa mentalidade não
for mudada, ele terá de sofrer muito para aprender pelos revezes e sofrimentos
aquilo que poderia aprender, se ouvisse as advertências, isso sem contarmos que
todo vicio atrai entidades trevosas que cultuavam esses mesmos vícios quando no
corpo carnal, e que encostam no encarnado a fim de se lhe usufruir as emanações
alcoólicas ou as evoluções do fumo, ou ainda da alienação das drogas.
Outros ainda alegam:
4º) “Bebo para ter mais
resistência”.
Quando se dá o contrário:
o alcool diminui a resistencia física e a capacidade intelectual. É bem verdade
que nos deparamos com grandes gênios da historia, que bebiam muito e produziam
grandes obras. No entanto, podemos afirmar, produziam apesar do álcool e não
com o auxilio dele.
O álcool acaba nivelando
todos os valores a altura da sarjeta. Ele não dá ao trabalhador maior resistência.
Os alpinistas não usam bebidas alcoólicas em suas escaladas, nem os esportistas
em suas competições. A resistência as infecções também é diminuída quando a
pessoa é alcoólatra.
No passado, costumava-se
dar bebidas alcoólicas aos soldados, não para infundir-lhes maior coragem e
arrojo nos combates, mas sim para que tivessem menor senso de perigo e menor
prudência ao enfrentar, de peito aberto, os inimigos. Hoje, esse conceito está
completamente mudado, pois se conscientizaram que o álcool entorpece o
raciocínio rápido ou o normal.
Outros ainda alegam:
5º) ”Bebo para me vingar
de meus parentes, que me desprezam”.
Dificilmente, o alcoólatra
entende que esse possível desprezo não é contra ele, mas contra o álcool nele.
O alcoolatra acaba tendo
uma dupla personalidade: vida normal de homem responsavel, bom pai, extremado
filho; porem irresponsável descuidado, incapaz quando sob a ação do alcool.
Essa espécie de vingança cai sobre sua própria cabeça, semelhante a uma criança
que não podendo agredir os pais ou a seus irmãos mais fortes, acaba arrancando
seus próprios cabelos em momento de ira.
Outros ainda dizem:
6º) “Bebo para matar o
tempo”.
Expressão muito usada pelo
alcoolatra. Na verdade, é a saúde, a personalidade e a responsabilidade que
estão sendo mortas.
O tempo, um dom precioso
que Deus dá a todos, é um capital que não deve ser desperdiçado. Devemos
aproveitá-lo ao Maximo, para não passar pela vida em brancas nuvens, perdendo
até mesmo os méritos de uma encarnação. Se houver tempo sobrando, este deve ser
empregado em atos filantrópicos para a elevação espiritual.
O alcoolatra, que bebe
para matar o tempo está, na realidade, matando a sua saúde e a dos seus
familiares, sem ter consciência disso.
Outros afirmam:
7º) “Bebo e não creio ser
possível deixar de beber”.
Essa é uma declaração de
franqueza que raramente se ouve de um alcoolatra. Depois de elogiarmos esta
patética declaração, fazemos ao alcoolatra esta pergunta: por que não crê que
haja um meio eficaz de tratamento, ou por que não se acha revestido de uma
força moral capaz de vencer a si mesmo?
Analisamos então os dois
motivos:
Se não crê que haja um
meio eficaz para do vicio se livrar, isso não quer dizer, absolutamente, que
tal meio não exista, pois podemos demonstrar com dezenas ou centenas de alcoólatras
recuperados que há um plano de restabelecimento que deve ser experimentado.
Agora, se o alcoolatra se acha sem força física ou moral para enfrentar sozinho
o problema, e reconhece esse fato, então pode contar com um grande passo para a
reabilitação: é somente agarrar-se na crença em Deus, professando uma religião
com força e coragem, a fim de que as entidades que o assediam sejam afastadas.
Com a ajuda do Alto,
adquire-se as forças necessárias, se realmente quiser, do âmago do coração,
isentar-se de todo e qualquer vicio. Mas, para tanto, deve-se desejar
realmente. Infelizmente, a humanidade terrícola aumenta assustadoramente as
amarguras com seus vícios, suas más tendências, seus pensamentos aviltantes, as
oportunidades delituosas que auxiliam a axecranda atividade obsessora das
entidades trevosas sobre a Crosta.
Propicia, com seus vícios,
suas tendências perniciosas, a obsessão, que provoca a maior porcentagem de
alienações no mundo terreno. No entanto, se não oferecem os homens condições a
essas organizações diabólicas, elas nada poderão fazer. Uma entidade, cheia de
vícios, não ira se aproximar de pessoas que dos mesmos estão isentas. Evita-se,
desta forma, uma simbiose, um intercambio entre encarnados e desencarnados.
Outros ainda explanam:
8º) “Bebo, porque sinto
prazer na bebida”.
Não há dúvida alguma que
alguns bebem porque sentem prazer na bebida, porque elas são agradáveis ao
paladar. Porem, um homem que tem visão das coisas não pode ser dirigido pelo
seu paladar, ou pelo prazer, e sim pela razão.
Diz um velho ditado “o
peixe morre pela boca”. E nós acrescentamos: o bebedor também. Para se pescar
um peixe, escolhe-se a isca, sendo que cada peixe tem a sua. O paladar
constitui para o alcoólatra a isca que o leva a morte física e moral, porque,
ao lado de seu paladar, as bebidas levam-lhe um veneno oculto e sutil.
Existe uma droga para
acabar com as saúvas. Apresenta-se em grãos graciosos, adocicados, apetitosos,
que a formiga leva apressadamente para dentro do formigueiro, deixando para
trás as folhas verdes já cortadas e outros alimentos. Dias depois, o resultado
é comprovado com a morte de todas as formigas, que se puseram em contato com a
droga.
Se na cabeça da formiga
houvesse inteligência e sabedoria, como as há no cérebro humano, não levaria
para o formigueiro tal veneno, oculto em apetitosas iscas.
Outros ainda alegam:
9º) “Bebo, porque todos
bebem”.
Infelizmente, este é o
caminho que quase todos os homens tomam; vão com a maioria, sem mesmo saber
porque. Mas deveriam se conduzir pelo bom senso. Para os que ignoram, ainda há
uma desculpa!porém, aqueles que sabem os perigos que as bebidas alcoólicas
podem causar ao organismo, ao seu lar ou ao seu espírito, não deveriam fazer o
que os outros fazem.
O alcoólatra, após seu
desencarne, serve de repasto para seus obsessores pois, perante a Lei Divina,
são considerados desertores da vida e, como tal, sofrem os horrores do vale dos
suicidas, além de perambular por muito tempo num torpor total, torpor este que
poderia ser evitado, assim como a destruição do corpo carnal.
Outros enfatizam:
10º) “Bebo porque meus
amigos me pagam”.
Em outras palavras, não
gasto dinheiro com bebidas; contudo, bebo para aproveitar o oferecimento que
meus amigos me fazem.
Primeiramente, quem paga
uma bebida a alguém não é e nem nunca foi amigo. Não é uma prova de amizade,
mas sim um desejo inconsciente de compartilhar com os outros a própria miséria,
a própria decadência, pois quem paga uma dose de bebida, por certo não será
aquele que lhe pagará as conseqüências. As doenças, as dívidas, os fracassos, é
o alcoólatra mesmo que terá que pagá-los.
Outros ainda enfatizam:
11º) “Bebo, porque é
costume beber em dias festivos”.
Há, infelizmente, certos
costumes arraigados entre os terrícolas, que deveriam ser banidos, como esta:
que bebidas alcoólicas deveriam estar presentes em todas reuniões sociais.
O uso de bebidas
alcoólicas, mesmo pelo bebedor social, tem muitas vezes um fim trágico. Quantos
crimes são cometidos por pessoas semi-alcoolizadas! Quantas brigas acontecem
quando a pessoa não está de posse integral da razão! De bebedor social existe
uma pequena caminhada para chegar-se ao alcoólatra, pois entidades trevosas
insistem em torná-lo um caneco vivo, para melhor manipulá-lo.
Outros alegam:
12º) “Bebo porque a bebida
é um aperitivo”.
Quem conhece um pouco de
fisiologia humana, sabe que a fome ou o apetite é uma solicitação normal, feita
pelo organismo, de alimentos como proteínas, vitaminas, sais minerais,
gorduras, hidratos de carbono, que servem para reparar as perdas ou para
usa-los nos desgastes diários.
Só as doenças ou a
satisfação natural destas exigências podem fazer com que percamos o apetite.
O álcool é um falso
aperitivo, porque ele nada mais faz do que irritar as glândulas do aparelho
digestivo provocando, de inicio, uma ascensão maior de sucos digestivos. Mas
isso se observa só no inicio, porque no alcoolismo crônico, o alcoólatra não
tem apetite nem se alimenta, pois tem a mucosa do aparelho inflamada e quase
incapacitada para digerir alimentos.
É coisa sabida que o
alcoólatra, mesmo sem receber alimento, está constantemente vomitando um
liquido branco e mucoso. Esse vomito constitui as lagrimas vertidas por um
estomago agredido ou queimado pelo álcool, e que se sente incapaz de executar o
seu trabalho de digerir os alimentos que recebe.
Outros, ainda alegam:
13º) “Bebo, para evitar
resfriados”.
Esta é outra idéia errada
que se forma em torno do álcool, e que deve ser combatida pois, na verdade, o
alcool diminui a resistencia orgânica contra as infecções, facilitando um
resfriado. O álcool prepara a cama para a tuberculose.
O organismo bem nutrido e
não levado à estafa tem maior resistência ao vírus da gripe e de outras doenças
infecciosas.
O calor produzido pelo
álcool nos dias frios, dando a sensação de bem estar, nada mais é do que a fuga
do sangue dos órgãos internos para os capilares dilatados na periferia, com a
perda do calor provocada pelo álcool. Se, de fato, o álcool desse maior
resistência, seria incluído na dieta dos atletas. Mas bem pelo contrario, não
deve ser usado na alimentação de um atleta porque He rouba a possibilidade da
vitoria, dando-lhe uma falsa idéia de força.
O indivíduo, que usa uma
bebida alcoólica para se aquecer do frio está se envolvendo em um falso cobertor,
que poderá levá-lo a morte, nos dias frios de inverno.
Paz e Amor!
Fabius
Psicografada no núcleo de
trabalho, na noite de 04/02/1992.
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