sexta-feira, 20 de dezembro de 2013


Fabius – Bebidas Alcoólicas - Vício é Dependência,

Dizima a Família e a Vida

 

Em minhas peregrinações pelo Planeta Terra, entre os encarnados, procurei entender o motivo pelo qual as pessoas entregam-se ao uso de bebidas alcoólicas, buscando investigar as mais disparatadas desculpas que apresentavam para renderem-se à volúpia efêmera e passageira do álcool, que tanto dano provoca ao corpo carnal que nos foi emprestado por Deus, e que teremos, posteriormente, de dar conta do que fizemos com o mesmo. Dificilmente, nos deparamos com alguém, que diz:

1º) “Bebo, porque me sinto impotente para me libertar dessa dependência, e necessito de auxílio para tanto”.

Mal sabe o alcoólatra que, ao tentar justificar sua dependência ou o seu vício, está ele estabelecendo uma barreira para a sua própria vitoria. Quando, porém, reconhece que nenhum motivo para justificar sua permanência ou dependência está abrindo, para si mesmo, a porta do triunfo, pois a bebida, em si, somente agrava os problemas e, às vezes, cria outros ainda maiores, como a derrocada de uma vida conjugal.

Mas, como disse alhures, eles procuram inúmeras razões pra a fraqueza e a dependência alcoólica.

Alguns dizem:

2º) “Bebo para esquecer as magoas”.

No entanto, estão cansados de saber que não é o alcool que irão encontrar a solução. Na maioria dos casos, essa justificativa é dada para esconder um habito que ele já tinha, e que não deseja confessar. Sendo o alcoólatra um doente, ele deve se conscientizar disso, para se libertar da dependência desencadeada, talvez, pela propaganda, conduzindo-o de um estado latente para um estado descontrolado. O que o alcoólatra deve ter sempre em mente é que, tentando esquecer as magoas advindas pelo álcool, acabará esquecendo também os deveres, os compromissos e a posição social que o distingue perante a comunidade.

Nossa vida, quando encarnados, é uma luta constante. Enquanto permanecermos na vida carnal, estaremos sempre nos deparando com inúmeros problemas, pois somos eternos devedores. Tentar esquecê-los não adianta, esse não é o caminho certo. Viver é lutar, esquecer é parar. É na dura tempestade que o bom piloto se revela e conquista os louros da vitória. Para cada nova prova vencida, novos horizontes se abrem, novas experiências se adquirem, e um novo desejo de remir o tempo perdido toma posse daquele que enfrenta os problemas, com o firme propósito de vencer e conseguir a ascensão espiritual tão almejada por todos.

Outros dizem:

3º) “Bebo mas não sou alcoólatra”.

O individuo, que usa e abusa da bebida alcoólica, não possui condições de avaliar seu próprio estado e dizer até se é um alcoólatra ou não. Ele não pode ser juiz em causa própria. Dentro de um poço profundo, nada se vê além da terra que o cerca. O alcoólatra não enxerga seu estado, e alguns de seus familiares também tentam impedir os raios de sol com uma peneira, não o querendo considerar como tal. Quando o alcoólatra não reconhece o seu próprio estado, está bem longe da possibilidade de se curar. E não raro faz o pior, volta-se contra seus verdadeiros amigos e parentes, que se mostram realmente interessados e preocupados com sua saúde física, mental e derrocada espiritual.

Se essa mentalidade não for mudada, ele terá de sofrer muito para aprender pelos revezes e sofrimentos aquilo que poderia aprender, se ouvisse as advertências, isso sem contarmos que todo vicio atrai entidades trevosas que cultuavam esses mesmos vícios quando no corpo carnal, e que encostam no encarnado a fim de se lhe usufruir as emanações alcoólicas ou as evoluções do fumo, ou ainda da alienação das drogas.

Outros ainda alegam:

4º) “Bebo para ter mais resistência”.

Quando se dá o contrário: o alcool diminui a resistencia física e a capacidade intelectual. É bem verdade que nos deparamos com grandes gênios da historia, que bebiam muito e produziam grandes obras. No entanto, podemos afirmar, produziam apesar do álcool e não com o auxilio dele.

O álcool acaba nivelando todos os valores a altura da sarjeta. Ele não dá ao trabalhador maior resistência. Os alpinistas não usam bebidas alcoólicas em suas escaladas, nem os esportistas em suas competições. A resistência as infecções também é diminuída quando a pessoa é alcoólatra.

No passado, costumava-se dar bebidas alcoólicas aos soldados, não para infundir-lhes maior coragem e arrojo nos combates, mas sim para que tivessem menor senso de perigo e menor prudência ao enfrentar, de peito aberto, os inimigos. Hoje, esse conceito está completamente mudado, pois se conscientizaram que o álcool entorpece o raciocínio rápido ou o normal.

Outros ainda alegam:

5º) ”Bebo para me vingar de meus parentes, que me desprezam”.

Dificilmente, o alcoólatra entende que esse possível desprezo não é contra ele, mas contra o álcool nele.

O alcoolatra acaba tendo uma dupla personalidade: vida normal de homem responsavel, bom pai, extremado filho; porem irresponsável descuidado, incapaz quando sob a ação do alcool. Essa espécie de vingança cai sobre sua própria cabeça, semelhante a uma criança que não podendo agredir os pais ou a seus irmãos mais fortes, acaba arrancando seus próprios cabelos em momento de ira.

Outros ainda dizem:

6º) “Bebo para matar o tempo”.

Expressão muito usada pelo alcoolatra. Na verdade, é a saúde, a personalidade e a responsabilidade que estão sendo mortas.

O tempo, um dom precioso que Deus dá a todos, é um capital que não deve ser desperdiçado. Devemos aproveitá-lo ao Maximo, para não passar pela vida em brancas nuvens, perdendo até mesmo os méritos de uma encarnação. Se houver tempo sobrando, este deve ser empregado em atos filantrópicos para a elevação espiritual.

O alcoolatra, que bebe para matar o tempo está, na realidade, matando a sua saúde e a dos seus familiares, sem ter consciência disso.

Outros afirmam:

7º) “Bebo e não creio ser possível deixar de beber”.

Essa é uma declaração de franqueza que raramente se ouve de um alcoolatra. Depois de elogiarmos esta patética declaração, fazemos ao alcoolatra esta pergunta: por que não crê que haja um meio eficaz de tratamento, ou por que não se acha revestido de uma força moral capaz de vencer a si mesmo?

Analisamos então os dois motivos:

Se não crê que haja um meio eficaz para do vicio se livrar, isso não quer dizer, absolutamente, que tal meio não exista, pois podemos demonstrar com dezenas ou centenas de alcoólatras recuperados que há um plano de restabelecimento que deve ser experimentado. Agora, se o alcoolatra se acha sem força física ou moral para enfrentar sozinho o problema, e reconhece esse fato, então pode contar com um grande passo para a reabilitação: é somente agarrar-se na crença em Deus, professando uma religião com força e coragem, a fim de que as entidades que o assediam sejam afastadas.

Com a ajuda do Alto, adquire-se as forças necessárias, se realmente quiser, do âmago do coração, isentar-se de todo e qualquer vicio. Mas, para tanto, deve-se desejar realmente. Infelizmente, a humanidade terrícola aumenta assustadoramente as amarguras com seus vícios, suas más tendências, seus pensamentos aviltantes, as oportunidades delituosas que auxiliam a axecranda atividade obsessora das entidades trevosas sobre a Crosta.

Propicia, com seus vícios, suas tendências perniciosas, a obsessão, que provoca a maior porcentagem de alienações no mundo terreno. No entanto, se não oferecem os homens condições a essas organizações diabólicas, elas nada poderão fazer. Uma entidade, cheia de vícios, não ira se aproximar de pessoas que dos mesmos estão isentas. Evita-se, desta forma, uma simbiose, um intercambio entre encarnados e desencarnados.

Outros ainda explanam:

8º) “Bebo, porque sinto prazer na bebida”.

Não há dúvida alguma que alguns bebem porque sentem prazer na bebida, porque elas são agradáveis ao paladar. Porem, um homem que tem visão das coisas não pode ser dirigido pelo seu paladar, ou pelo prazer, e sim pela razão.

Diz um velho ditado “o peixe morre pela boca”. E nós acrescentamos: o bebedor também. Para se pescar um peixe, escolhe-se a isca, sendo que cada peixe tem a sua. O paladar constitui para o alcoólatra a isca que o leva a morte física e moral, porque, ao lado de seu paladar, as bebidas levam-lhe um veneno oculto e sutil.

Existe uma droga para acabar com as saúvas. Apresenta-se em grãos graciosos, adocicados, apetitosos, que a formiga leva apressadamente para dentro do formigueiro, deixando para trás as folhas verdes já cortadas e outros alimentos. Dias depois, o resultado é comprovado com a morte de todas as formigas, que se puseram em contato com a droga.

Se na cabeça da formiga houvesse inteligência e sabedoria, como as há no cérebro humano, não levaria para o formigueiro tal veneno, oculto em apetitosas iscas.

Outros ainda alegam:

9º) “Bebo, porque todos bebem”.

Infelizmente, este é o caminho que quase todos os homens tomam; vão com a maioria, sem mesmo saber porque. Mas deveriam se conduzir pelo bom senso. Para os que ignoram, ainda há uma desculpa!porém, aqueles que sabem os perigos que as bebidas alcoólicas podem causar ao organismo, ao seu lar ou ao seu espírito, não deveriam fazer o que os outros fazem.

O alcoólatra, após seu desencarne, serve de repasto para seus obsessores pois, perante a Lei Divina, são considerados desertores da vida e, como tal, sofrem os horrores do vale dos suicidas, além de perambular por muito tempo num torpor total, torpor este que poderia ser evitado, assim como a destruição do corpo carnal.

Outros enfatizam:

10º) “Bebo porque meus amigos me pagam”.

Em outras palavras, não gasto dinheiro com bebidas; contudo, bebo para aproveitar o oferecimento que meus amigos me fazem.

Primeiramente, quem paga uma bebida a alguém não é e nem nunca foi amigo. Não é uma prova de amizade, mas sim um desejo inconsciente de compartilhar com os outros a própria miséria, a própria decadência, pois quem paga uma dose de bebida, por certo não será aquele que lhe pagará as conseqüências. As doenças, as dívidas, os fracassos, é o alcoólatra mesmo que terá que pagá-los.

Outros ainda enfatizam:

11º) “Bebo, porque é costume beber em dias festivos”.

Há, infelizmente, certos costumes arraigados entre os terrícolas, que deveriam ser banidos, como esta: que bebidas alcoólicas deveriam estar presentes em todas reuniões sociais.

O uso de bebidas alcoólicas, mesmo pelo bebedor social, tem muitas vezes um fim trágico. Quantos crimes são cometidos por pessoas semi-alcoolizadas! Quantas brigas acontecem quando a pessoa não está de posse integral da razão! De bebedor social existe uma pequena caminhada para chegar-se ao alcoólatra, pois entidades trevosas insistem em torná-lo um caneco vivo, para melhor manipulá-lo.

Outros alegam:

12º) “Bebo porque a bebida é um aperitivo”.

Quem conhece um pouco de fisiologia humana, sabe que a fome ou o apetite é uma solicitação normal, feita pelo organismo, de alimentos como proteínas, vitaminas, sais minerais, gorduras, hidratos de carbono, que servem para reparar as perdas ou para usa-los nos desgastes diários.

Só as doenças ou a satisfação natural destas exigências podem fazer com que percamos o apetite.

O álcool é um falso aperitivo, porque ele nada mais faz do que irritar as glândulas do aparelho digestivo provocando, de inicio, uma ascensão maior de sucos digestivos. Mas isso se observa só no inicio, porque no alcoolismo crônico, o alcoólatra não tem apetite nem se alimenta, pois tem a mucosa do aparelho inflamada e quase incapacitada para digerir alimentos.

É coisa sabida que o alcoólatra, mesmo sem receber alimento, está constantemente vomitando um liquido branco e mucoso. Esse vomito constitui as lagrimas vertidas por um estomago agredido ou queimado pelo álcool, e que se sente incapaz de executar o seu trabalho de digerir os alimentos que recebe.

Outros, ainda alegam:

13º) “Bebo, para evitar resfriados”.

Esta é outra idéia errada que se forma em torno do álcool, e que deve ser combatida pois, na verdade, o alcool diminui a resistencia orgânica contra as infecções, facilitando um resfriado. O álcool prepara a cama para a tuberculose.

O organismo bem nutrido e não levado à estafa tem maior resistência ao vírus da gripe e de outras doenças infecciosas.

O calor produzido pelo álcool nos dias frios, dando a sensação de bem estar, nada mais é do que a fuga do sangue dos órgãos internos para os capilares dilatados na periferia, com a perda do calor provocada pelo álcool. Se, de fato, o álcool desse maior resistência, seria incluído na dieta dos atletas. Mas bem pelo contrario, não deve ser usado na alimentação de um atleta porque He rouba a possibilidade da vitoria, dando-lhe uma falsa idéia de força.

O indivíduo, que usa uma bebida alcoólica para se aquecer do frio está se envolvendo em um falso cobertor, que poderá levá-lo a morte, nos dias frios de inverno.

Paz e Amor!

Fabius

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 04/02/1992.

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