Fabius
– Aos terrícolas: Carma, Alegria e Justiça, o Caminho da Ascensão.
Em inúmeras andanças por
sobre o orbe terráqueo, pude observar as afinidades e desafinidades existentes
no recesso de um lar, onde seus componentes burilam-se muitas vezes juntos resgatando
um carma coletivo, onde o destino parece tecer as mesmas malhas para todos
eles.
Quantas famílias são
assoladas por uma mesma doença, uma mesma vicissitude, corroendo-lhes as
entranhas, doenças essas que os médicos da matéria alegam como sendo uma
disfunção genética? Espiritualmente encarada, não existe injustiça e nem
punição imerecida, pois os seres reencarnados estão ligados pelas mesmas culpas
e débitos do passado sem, necessariamente, serem obrigados a cometer essas
faltas em conjunto. É claro que não podemos esmiuçar todos os recursos
utilizados pela lei do carma a fim de extirpar os maus pendores existentes em
cada um. Mas podemos afirmar categoricamente que a semeadura é livre, porém a colheita
obrigatória. E, na maioria das vezes, foram inimigos num passado distante,
adversários cometendo as mesmas infrações e iniqüidades que reencarnam juntos
para que, por meio do amor paternal, maternal, filial ou mesmo pelo amor de
irmandade venham também juntos, sanar os débitos passados, sustentados pelos
elos consangüíneos, débitos esses crivados de dor. Dor, a mesma dor que
proporcionaram.
O carma em família difere
dos grandes carmas coletivos, onde pessoas de índoles e de linhagens diferentes
perecem em grandes incêndios, ou mesmo em catástrofes ecológicas, em
naufrágios, em acidentes aéreos, etc.. Esses, indubitavelmente, angariam seus
débitos juntos e juntos, de uma só vez, os resgatam de supetão. Foram os
incendiários do passado que saqueavam e incendiavam aldeias; foram os que
promoveram juntos guerras com sadismo e euforia; foram os que mataram grande
numero de pessoas ao mesmo tempo. Foram os que naufragaram potentes navios;
foram os que abateram aviões, e sofrem agora as agruras de seus feitos. Esses
espíritos encarnados, participantes do mesmo débito, são convocados a
ressarci-lo. São convocados através dos Emissários de Cristicos, para o resgate
em comum.
Num mesmo lar, na maioria
das vezes, renascem seres com os mesmos pendores artísticos, filantrópicos,
nutrindo as mesmas vontades, as mesmas virtudes que denominamos afinidades, sem
serem necessariamente espíritos que já reencarnaram juntos. Deparamo-nos,
então, com lares cujos componentes possuem tendências musicais, dedicados a
arte de um modo geral. Lares outros há onde todos seus componentes possuem voz
angelical. Outros ainda existem em que seus habitantes dedicam-se de corpo e
alma no campo da filantropia e que pediram para reencarnar num meio que os
ajudasse a desenvolver muito mais essas tendências.
Em contrapartida,
defrontamo-nos com lares cujos componentes apresentam tendências para a
corrupção. No entanto, nestes sempre existe reencarnada uma alma angelical,
cuja missão especial é a de enveredá-los para o bom caminho.
Como já citei alhures, é
difícil esmiuçar plenamente sobre o carma, pois cada caso é um caso a ser
estudado em toda sua amplitude.
Contudo o carma sempre foi
o buril que lapida a alma no intuito de torná-la a gema preciosa.
Cabe-nos observar que o
tempo, o prazo para os alunos terrenos se escasseia, e os necessitados de uma
segunda época, aqueles considerados rebeldes, preguiçosos, tardios e relapsos
serão relegados para uma escola primária fora da Terra, talvez em condições
educativas por demais precárias, eis que o Alto já decretou a promoção do
educandário terreno para a escala ginasial, para posteriormente transformar-se
em faculdade.
Por esse motivo, o plano
espiritual se movimenta sempre procurando advertir sobre os erros cometidos.
Procurando alertar aos incautos que permanecem estagnados em suas más
tendências, nada fazendo para arrancá-las de si. Tendências essas que enodoam
os atos altruísticos e bons efetuados, sendo necessário passar pelo crivo da
dor, sendo necessário um carma turbulento para que possais ponderar melhor,
decidindo-vos a enveredar pela trilha certa.
Fabius
Psicografada no núcleo de
trabalho, na noite de 16/05/1997.
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