Fabius – Ao Tarefeiro
do Amor, da Caridade, Homenagem pela Difusão da Luz do Evangelho ao Mundo
Geralmente,
o Plano Espiritual Superior presta uma homenagem somente após o desencarne de
alguns personagens que trouxe elucidação, que trouxe a luz do esclarecimento
para a humanidade, para não provocar a vaidade nos últimos instantes de vida.
No
entanto, existem pessoas humildes, médiuns dignos de usufruírem desse nome, que
se consideram somente o veiculo das mais diversificadas manifestações. Que se
entregaram de corpo e alma a mediunidade e, juntamente com ela, a caridade e ao
amor fraternal.
Médiuns
que são verdadeiros alpinistas da evolução, da ascensão espiritual. Que
destilam suor, que se arranham nas pedras pontiagudas deparadas nas escarpas de
suas jornadas. Que não se detém ante os obstáculos colocados diante de si. Que
a tudo enfrenta com humildade, impulsionados pela fé inabalável que os
estimula. Que compreendem que as dores, as vicissitudes de suas vidas são
frutos oriundos de uma má semeadura, e que terão de colhê-la tenazmente. Que
trabalham sempre sob os auspícios de Jesus, com o alento que a fé lhes
proporciona. Que procuram trabalhar dentro dos exemplos deixados pelo Divino
Mestre, dirigindo bem a carta do livre arbítrio a eles outorgada.
Médiuns
que sofreram o crivo da dor, que sentiram as espetadelas dos espinhos, dos
acúleos provenientes de um carma pesado. Médiuns que sofreram o assedio
espiritual de entidades que queriam embargar a propagação de conhecimentos
etéreos; que queriam trazer laivos de esperança, demonstrando que a vida
continua após a morte, e que o espírito é imortal.
Médiuns
que não queriam e não querem usufruir dos proventos que as obras mediúnicas
trazem, porque tem ciência que o que psicografaram não é de autoria própria.
Médiuns
que cumpriram o que se havia predispostos a fazer. Médiuns cônscios de que não
adianta modificar o cenário da Terra sem antes cristianizar o homem, procurando
por todos os meios dar o devido exemplo.
Médiuns
que tem plena convicção que a mediunidade não é privilegio nem os isenta das
exigências educativas da vida. E que a saúde ou a doença não depende do fato
deles serem médiuns ou não. E que somente o serviço mediúnico os ajudará a
amenizar o fardo cármico que, entretanto, não os eximirá de pagar totalmente as
dívidas angariadas. Médiuns que tudo fazem para não se desequilibrar
emocionalmente, a fim de que suas emoções não venham perturbar-lhe a
mediunidade.
A
esses médiuns o Plano Espiritual Superior, ao invés de prestar uma homenagem
póstuma, como mencionei alhures, presta-lhes esta mesma homenagem enquanto a
luz trêmula da vida ainda viceja.
A
ti, Francisco Candido Xavier, que foste o exemplo digno de médium psicografo
sobre a face da Terra. A ti, que jamais te negaste a receber irmãos de luz que
deixaram grafados no papel profundos esclarecimentos sobre a vida espiritual. A
ti que continuaste garlhadamente as obras que Kardec começou a explanar,
tirando as lacunas que vicejam nas mentes. A ti, que trouxeste a esperança, a
fé às almas que perambulavam tristes pela perda de entes queridos. A ti que
deste passagem para que um espírito viesse depor em favor daquele que era
acusado como seu próprio assassino, livrando-o de uma injustiça muito grande. A
ti, que entidades de luz, por teu intermédio, deram provas insofismáveis de
suas existências, o Plano Espiritual presta um preito de glória por tudo que
fizeste, agradecendo a oportunidade que a todos proporcionaste.
Que
neste final de vida, enquanto o lume de tua existência tremula fracamente, fica
certo que uma infinidade de almas, das mais diversificadas categorias
espirituais, que assistem diuturnamente, aguardando a ocasião de receber-te no
Plano Espiritual, dando-te nesse instante o amplexo de carinho e gratidão a que
fazes jus, a que amealhaste por merecimento.
Paz
e Amor!
Fabius
Psicografada
no núcleo de trabalho na noite de 20/09/1995.
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