Peter – A União
Conjugal
Uma
família começa com a união de um homem e uma mulher formando um casal. Onde cada
qual traz as próprias características, suas condutas morais, e esses seres
geralmente são espíritos devedores que reencarnam a fim de reatar laços não muito
afetivos, tornando-se mais receptivos em suas inúmeras encarnações. Vindos de
lares diferentes, de condutas e modo de ser diferenciados. As contribuições são
os talentos, qualidades e recursos que podem ser variados. As características são
os aspectos da personalidade, qualidades e recursos que podem ou não ser
positivos. Se os traços de caráter forem marcados pela imaturidade moral, pela
irresponsabilidade pessoal, pelo desconhecimento da própria necessidade, a
relação vai ser conflitante. Mas se cada qual entrar para o casamento
consciente de seu papel para fazer da relação um bem comum, a inteiração dos
dois será mais harmônica e suave.
Infelizmente,
muitos entram para o casamento inconscientes, como se fosse uma aventura da
qual se pode desistir a qualquer momento, basta que para isso o homem ou a
mulher encontre um ser que preencha a lacuna de seus devaneios sexuais ou
esperando encontrar um melhor “status” de vida, financeiramente falando.
Mas
não é bem assim. Separar é muito doloroso, principalmente se houver filhos em
permeio. Muitos se separam e acabam se arrependendo e sentindo muita culpa. Notadamente
quando olham para trás e percebem o desgaste e a dor sofridos. Portanto, é preferível
pensar e se preparar para entrar na relação. Adequar-se para executar uma
tarefa é o melhor e mais curto caminho para o sucesso da empreitada. O
casamento é uma tarefa quase tão importante quanto à profissão.
É
preciso preparo e amadurecimento. É necessário afastar de si o egoísmo, tão peculiar
em nossos meios, onde cada qual pensa em si, em seus desejos satisfeitos do que
no bem geral. É preciso preparo e amadurecimento, repito. No casamento saudável
os cônjuges conhecem, respeitam e cumprem os seus papeis. Contribuem para o
crescimento mutuo. Formam uma aliança duradoura e satisfatória capaz de
enfrentar a próxima batalha, a chegada dos filhos, dependendo do casal a
harmonia e o equilíbrio do próprio lar.
Para
que o casal possa criar um padrão de amor, ternura e compreensão é necessário estabelecer
certas regras para viver. Essas regras amenizam o antagonismo das expectativas
e dos caprichos individuais; esclarecem a divisão de poder e tomada de decisões;
estabelecem o equilíbrio entre o que será privado e o que será publico. Sem elas,
a administração financeira, a relação com os amigos e a presença de familiares
se tornam uma guerra.
No
estabelecimento de um padrão de amor no casamento, as regras são definidas com
respeito e cuidado, levando-se em conta o bem individual e o bem comum. Quanto mais
espontânea for à discussão das regras e sua aplicação, mais os cônjuges se
aproximam um do outro, mais a relação desliza para o contentamento e a
felicidade. Recusar, discutir regras é jogar a relação no abismo da incompreensão
mútua. Regras claras mostram quem paga o quê, pois para cada direito exige-se
um dever correspondente, para cada privilegio há uma obrigação. Para cada ganho
arrisca-se uma perda.
Uma
das grandes falhas no relacionamento do casal é o distanciamento emocional, o
afastamento mútuo. A capacidade humana de estar fisicamente num lugar e
psicologicamente em outro tem vantagens que são passageiras.
Quando
o distanciamento emocional é de longa duração gera confusão e frustração no cônjuge.
A relação pode evoluir para o desapego e a separação.
A
reclusão não passa de uma defesa, fuga ou negação de um ambiente ou situação
que não se quer enfrentar. É comum em pessoas que não querem assumir suas
fraquezas e até necessidades dificultando o relacionamento.
Fogem
do relacionamento e acumulam trabalho. Quanto maior a pressão maior o
afastamento. Preferem romper a resolver conflitos. Respondem muito mais quando são
afetivamente solicitados. Por outro lado, quando tomam a iniciativa doam-se
mais.
O
comportamento de um cônjuge afeta toda a família. Se um busca o outro
emocionalmente e não encontra cria um desequilíbrio afetivo, num desencontro
gerador de um ciclo de acusações. Ninguém suporta ser rejeitado por muito
tempo. Para a relação evoluir equilibradamente requer-se a inteiração de afetos
positivos e negativos. Se dominar o negativo, caminha-se para o desajuste. Afinal,
casar é comprometer-se com a satisfação mutua de necessidades, o que não será
conseguido com o afastamento emocional.
Em
geral, o homem é mais propenso ao distanciamento emocional, tendendo para a
insensibilidade. Não desenvolve, não alimenta a parte afetiva.
Muitas
vezes o padrão educacional o direciona para ser mais frio. E muitas vezes, ele
se sente ameaçado o vulnerável diante de qualquer manifestação afetiva.
Muitos
acham que falar de características diferentes do homem e da mulher é um estereotipo
inócuo. Mas, na verdade, as diferenças existem e devem ser respeitadas. O homem
tem medo de se expor, de se comprometer com uma relação e ser rejeitado. E se
protege fingindo-se de forte.
Esconde-se
para não demonstrar a insegurança de seu valor pessoal na inteiração com a
mulher, aparentando ter o controle da relação. De inicio, a mulher pode até
sentir-se atraída pela segurança desse homem, mas isso durará pouco tempo. Se o
afastamento do homem for provocado por insegurança quanto a sua masculinidade,
ele pode se tornar agressivo e dominador. Também pode tornar-se exímio
manipulador. Nessa linha torna-se rival da esposa, mais preocupado com a
rivalidade fraternal, infantil, do que com o desempenho do papel adulto do cônjuge.
Se a esposa aceitar essa manipulação, os dois acabarão carentes de afeto,
insatisfeitos porque cada um estará querendo levar mais vantagem sobre o outro.
Para
entrar no casamento o homem deve ser um produto acabado, isto é, amadurecido. Responsável
para assumir as suas tarefas, pois só assim é dignificado e honrado e se
realizará pelo cumprimento do dever. Sem maturidade, o homem poderá contribuir
para um casamento neurótico, doente, onde os sintomas são manipulados e usados
para manter o cônjuge sob controle.
Nunca
é demais insistir que o homem precisa estar conscientizado da necessidade de
nutrir psicológica e emocionalmente a esposa. Nesse sentido as palavras tem
efeito miraculoso e medicamentoso. A esposa é faminta de palavras suaves,
agradáveis, gentis. Adora ouvir expressões de reconhecimento, apreciação e
valorização. Gosta de ser olhada, admirada, respeitada e amada. Vibra ao som de
elogios que se tornam mais poderosos, quando são verdadeiros e honestos.
O
uso de palavras de encorajamento e carinho podem prolongar a vida da mulher. Afasta
o desanimo e promove a felicidade. Fazendo com que ela tenha ânimo para viver e
suplique ao Pai Eterno que a conserve mais alguns anos vivenciando os momentos
felizes.
O
Pai Eterno, feito de Amor e Bondade, dá-lhe mais alguns anos de vida para que
ela alcance a ascensão necessária, para, mais tarde, em futuras encarnações,
ela consiga burilar-se em outros ângulos. Pois o amor, efetuado na vida a dois,
já foi conquistado e plenamente realizado.
Peter
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 11/11/2004.
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