Peter – Complexo de
Caim
Além
do significado original que indica algo confuso ou complicado, a palavra
complexo tem passagem pela medicina, matemática, química e psicologia. Nesta última
foi adotada por inúmeros psicólogos como o austríaco Sigmund Freud.
Para
evitar uma completa incursão no mundo da psicanálise vamos ficar com a
definição psicológica segundo os dicionários que assim dizem: conjunto de
representações e ideias estruturadas e caracterizadas por forte impregnação
emocional, total ou parcialmente reprimidas, e que determinam as atitudes de um
indivíduo, seu comportamento, seus sonhos, etc...
Dentre
os complexos mais populares identificados no comportamento humano pela
psicologia estão os de inferioridade e superioridade. As duas situações são
caracterizadas por comportamentos bem voltados para o interior, ou seja, a
pessoa que se sente inferior ou superior em relação aos demais é, em última
análise, “egoísta”. Outros complexos são: de Hagar, Sara, Electra, Édipo, Caim.
Por
complexo de Caim a psicologia explica uma situação de rivalidade e ciúme. é a
atitude do primogênito que tem ciúme do irmão mais novo e considera-o um
intruso. O termo foi tirado da Bíblia no primeiro testamento. Mas como a Bíblia
foi escrita pelos homens, vários anos após o advento do Cristianismo e nós, espíritas,
nos baseamos mais no segundo Evangelho, ou seja, depois do advento de Jesus, não
sabemos se é verídica ou não.
A
historia do primeiro testamento é conhecida como: “Trouxe Caim do fruto da
Terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu
rebanho. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e da
sua oferta não se agradou. Irou-se pois sobremaneira Caim, e descaiu-lhe o
semblante. Então lhe disse o Senhor: por que andas irado, e por que decaiu o
teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se todavia
procederes mal, eis que o pecado jaz à porta, o seu desejo será contra ti, mas
a ti cumpre dominá-lo. Disse Caim a Abel,seu irmão: vamos ao campo. Estando eles
no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel seu irmão, e o matou”
(Gênesis, 4:3 a 8).
O
problema de Caim não foi propriamente ciúme, mas inveja. Ao ver que Deus
agradara-se do sacrifício de Abel, ficou pesaroso pela felicidade que viu
estampada no rosto do irmão. A inveja é um sentimento pernicioso que corroí os
melhores sentimentos. A inveja incontrolável leva o seu possuidor a desejar o
bem alheio. Como também o parceiro ou a parceira dos outros. Não é amor, é
inveja. O problema não é querer possuir algo semelhante ao que o próximo possui,
mas querer aquilo que pertence ao próximo, e que não é nosso naquele momento.
Quando
é alimentado, esse tipo de inveja leva a violência. Uma pessoa invejosa
pisoteia os que estão ao seu redor, em seu caminho, como se tudo fosse normal. Ela
perde a noção do que é fraternidade, amor e respeito aos outros. Ela gera
criticas descabidas, comentários inverídicos. A inveja, como cita a Bíblia, é a
“podridão dos ossos”. Pois onde há inveja e sentimento faccioso aí há confusão
e toda espécie de entidades trevosas. Dizem que a inveja tem cinco filhos:
murmuração, maledicência, ódio, felicidade pela desgraça do próximo e aflição
pela prosperidade de outrem.
Caim
matou o seu irmão, indo contra o que Jesus pregou posteriormente que nos amemos
uns aos outros como amamos a nós mesmos. Não como era Caim, um maligno que
assassinou o próprio irmão. E por que o assassinou? Porque as suas obras eram
más e as de seu irmão, justas. Também não sabia que cedo ou tarde tudo isso
retornaria para si mesmo.
Conclusões
do complexo de Caim:
1)
Fazer
as vontades de Deus pode despertar a ira e a inveja, até mesmo próxima da gente
ou consanguínea, despertando seu ego de inferioridade.
2)
Fazer
a vontade de Deus traz felicidade ao coração.
3)
Devemos
procurar o autocontrole dos maus sentimentos. Pois vivemos uma época em que a
inveja é estimulada pela febre de consumo de nossa sociedade. É mais ou menos
assim: se um parente trocou de carro é hora de trocar o meu também; o vizinho
fez uma piscina, por que eu não posso ter uma? O colega recebeu uma promoção, por
que não eu? Meu amigo fez uma lipo, por que eu não posso dar uma esticadinha
aqui e ali? Fulano ou sicrano ostenta uma mediunidade, por que eu não a tenho
também? Isso de pagamento de débitos é conversa fiada. A mediunidade nos
proporciona a gloria, a vaidade de podermos receber a comunicação de espíritos.
A vidência é um bem para aquele que a possui. A psicografia faz a evidencia do
médium. Quem pensa assim está completamente errado porque a mediunidade é uma
porta estreita que nos ajudará a pagar os débitos enormes angariados em vidas
passadas. Principalmente é uma oportunidade dada por Deus para as almas
suicidas.
4)
Finalmente,
atendamos ao convite de Deus despojando-nos de toda a maldade e dolo, da
hipocrisia e da inveja.
Peter
Mensagem
psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 10/01/2006.
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