terça-feira, 7 de agosto de 2012


Luiz Lamas - Tentação e Perdição



Eta gente danada

Qui inda num aprendeu nada,

Qui sabe a origem di sua perdição,

Nu intanto, a curtiva im seu coração.



Essa gente qui pede pru plano espirituar ajudá,

Pra mor di num mais errá,

Qui num qué mais errá im esprito, fora du corpo,

Mais qui num evita u contato materiar, orige de todo esses desconforto.



Si tão cansado di sabê

A origem di tudo, pruque num mudá u modo de procedê?

Pruque acalenta vários sonho

Qui pode tê um fim tristonho?



Pede, suplica e inté muita coisa promete,

Mais, adepois, logo si esquece,

Pra somente si alembrá

Quando as coisa ruim tive novamente a assediá.



Quando si vê perto di perdê uma encarnação,

Ora, pedindo prus mentô irmão,

Si esquecendo qui foram eles mesmo qui provocou a situação,

Achando qui us esprito de luiz têm qui ajudá, têm qui tê essa obrigação.



Ara, ara, minha gente!

Inté quando vão agí di modo tão dispricente?

Será qui us esprito di luiz não têm mais o que fazê

Du qui arrumá as coisa entortada pur vosmecê?



U meió é pará pra pensá

Pra mor das coisa meiorá,

Num dando ilusão pra matéria di outro arguém,

Pruque, adepois, o esprito dela atrás de si vem.



I num dianta nem siqué esbravejá,

Si espirituarmente na teia viscosa ficá,

Perdendo a oportunidade de uma boa encarnação,

Qui levará pra uma excelene ascensão.



Pru isso, minha moçada,

U meió é fincá u pé na verdadeira estrada,

Si afastando di tentação,

I num alimentando nenhuma ilusão.



Trabaiando cum o pensamento em Jesuis

Qui só pru bom caminho conduiz,

Aspirando uma nova encarnação

Qui nus leve a devida ascensão.



Luiz Lamas

                                                                                                                      



Psicografada no núcleo de trabalho,  na noite de 22/02/1993.


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