segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Luiz Lamas - Pró Casamento Feliz



Oceis qué conservá

Um casório feliz?

Intão, aceite o ditado qui diz:

Pra perdoá, quando o outro emburrá.



O casório num dá certo

Quando o marido trabaia, cansado, correto,

E a muié gasta, botando tudo fora,

E às veiz inté as coisa penhora.



Também, quando os dois são teimoso

Quar burro qui impaca manhoso,

Dando coice pra todo lado,

Nada perdoando, infezado.



Num dá certo, quando os dois procura

Aventura pelo meio da rua,

Esquecendo inté do juramento

Qui fizeram no casamento.



Num dá certo, quando num existe religião,

Amô e fé nu coração,

Quando num se credita na reencarnação,

I qui se tem que coiê, também, a má plantação.



Num dá certo, também,

Quando se oia com desdém

Quando si é egoísta

E só o próprio bem-está conquista.



Quando um dá coice, e o outro qué revidá,

I isso nunca vai pará,

Pru isso, minha gente,

É meió pará e pensá consciente.



O casamento é uma união,

Onde dois têm qui tê um só coração,

Num pensá em si somente,

E tê que sê condescendente.



É trabaiá unido

Im todo o momento, im todo sentido,

É sabe renunciá

Pra felicidade familiá.



É perdoa os defeito,

É trata com respeito

I amá, de coração,

O companheiro da atuar encarnação



Estão junto pra se burilá,

E pros pecado pagá.

Intão, vamo minha gente

Encara o casório de modo diferente

Num sendo tão exigente,

Amando e perdoando sempre, di modo consciente.



Luiz Lamas




Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 18/05/1990.

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