Luiz Lamas - O Sonho da Liberdade
Eta nóis! Vamo comemorá
U dia de Tiradentes di modo
exemprá;
Esse bravo e valoroso alferes da
cavalaria
Que, pela Independência du
Brasir, lutou um dia.
Ele foi traído, mais num traiu
jamais
Na Inconfidência de Minas Gerais;
Inté pela sua participação ele
foi enforcado
I seu corpo atirado pelas ruas,
esquartejado.
Pendurado, pra qui u povo
sentisse qui a liberdade ambicionada
Era um sonho impossíver prus
brasileiro ao longo di sua jornada;
Sonho qui, adepois, D. Pedro
tornou realidade
Dando o grito da Independência,
conquistando a liberdade.
Quantos sonhos tinha esse moço
valoroso
Di vê sua pátria livre, di vê u
Brasil vitorioso!
Livre dus pirata qui roubavam
suas riqueza,
Livre da tutela di Portugar i di
suas torpeza.
Sonhadô, qui sonhou arto,
I foi pego di sobressarto
Pela feia traição
Di um daqueles qui compactuava
cum a própria conspiração.
Mesmo preso sob o peso da chibata
Num traiu seus companheiro, qui
si esconderam nas mata;
Preferiu inté mesmo sê inforcado
Du que como traidô sê um dia
considerado.
Hoje, ocê Tiradente tá nu prano
espirituar
Lutando inda pelo Brasir di modo
sem iguar,
Procurando afastá todo o roubo,
toda a devassa
Qui inda existe nu Brasir sob a
capa di uma farsa.
Ao teu lado si encontra uma
porção de brasileiro,
Qui foram heróis si uma forma ou
di outra, combatendo os bandoleiros
Qui qué ou quiseram avirtá esse
pobre Brasir,
Criando emboscada e ardir.
Vamo rezá e pedí pra Jesuis
Pra que Ele ilumine cum Sua Luiz
A Tiradentes, pra que ele
continue na sua luta
Afastando us ladrão, que habitam
u escuro das gruta.
Vamo, junto, tentá desviá as
nuvem escura
Que pairam sobre u Brasir,
enfestando as rua,
Acalentando sempre bom
pensamento,
Enchendo us coração di amô i
perdão todo o momento.
Pruque num dianta só arreclamá
Sem nada fazê, nada tentá.
Tem sim é que procurá trazê, pru
Brasir, um pouco de luiz
Emanada di Nosso Mestre Jesuis.
Mais, pra isso, vão tê qui si
irmaná
I uma corrente de bão pensamento
formá,
Pra afastá essas treva muito
escura
Qui traiz violência i amargura.
Vamo intão Tiradente ajudá
Pra mor das coisa amenizá.
Luiz Lamas
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 19/04/1994.
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