Luiz Lamas - O Moço e o Grito
Vamo, minha gente,
Comemorá alegre, contente,
U dia qui o Brasir ficou
independente,
Cortando inté os liames
existente.
Já tinha morrido tanta gente
Pra mór dele ficá independente.
Inté Tiradentes morreu enforcado,
Sonhando cum a liberdade du
Brasir amado.
Nu intanto, foi um moço, um
imperadô
Qui a tudo renunciou e deu o
grito libertadô,
I agora a D. Pedro I agradecemo,
I um preito di glória rendemo.
Pruque num foi fácir, minha
gente,
Renunciá à pátria conscientemente
Pra dá pra este país a
independência,
Qui si fazia necessária, cum
urgência.
Intão vamo, minha moçada,
Formá verdadeira cruzada
Neste dia, cum muita oração,
Saída di dentro du coração,
Pro Brasir sê envorvido di luiz
Vinda di nosso Mestre Jesuis.
Pra afastá as nuvem escura
Qui traiz a dô e a desventura,
Qui traiz a fome, a revorta, u perigo
di revolução,
Qui anda morando im muitos
coração,
Rezando, pra qui impere a paz
bendita,
Afastando toda desdita.
Luiz Lamas
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 30/08/1991.
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