Luiz Lamas - Há Sempre um Trevoso Irmão
Eta gente danada
Qui inda num aprendeu nada.
Qui fica coisa errada dus outro
deduzindo,
Sem sabê us débito qui tão
assumindo.
Si argum já fica doente,
Já ficam deduzindo
displicentemente
U motivo da provocação da tar dô,
Sem pará pra pensá qui u carma é
provocadô.
Já atribui a origem a argum
trevoso irmão
Qui ataca us outro di rordão,
Provocando estrago danoso
Qui nem um marvado tinhoso.
Outros acham qui é um pouco di
encenação
Qui só mente endoidada pode dá
tar criação,
Pruque u médico num é enganado
I só interna si rearmente u
doente tá adoentado.
A dô dus outro é sempre um
colírio prus zóio dadivoso,
Sendo mais fácir atribuí tudo pra
arma du tinhoso.
Si esquecendo qui todo suicida
tem um débito triste a sardá
Du quar num si pode esquivá.
A dô dus outro é sempre menó qui
as dô própria,
Qui assarta sempre di forma
insólita.
I esses falatório, esses mexerico
afasta inté gente boa,
Qui num qué ficá ouvindo besteira
à-toa.
Pru isso, minha moçada
U meió é colocá u pé na
verdadeira estrada,
Evitando di tanto falatório
fomentá
Pra mor di si próprio num si
enroscá.
Às veiz, u Arto qué mostrá pra
oceis, qui são descrente,
U sofrimento dessa pobre gente.
Intão a dô no lombo oceis vão tê
que aguentá
I num vai diantá pedí i chorá.
U meió mesmo, minha gente,
É não jurgá indiscriminadamente
Pra não angariá maió débito na
atuar vida,
Lutando pra sê condizente na fala
e na lida.
Pruque tudo isso ensinou Jesuis
Pra livrá oceis di pesada cruiz,
Procurando inda a todos conduzí
Pru meió caminho asseguí.
Luiz
Lamas
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 11/05/1994.
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