Luiz Lamas - Falsa Aparência
Mariquinha era tão bunita
Em seu vestido de chita,
Que deixava todos os moços
arrepiado,
Na esperança de ser seu namorado.
Mas, Mariquinha preferiu o moço
da cidade,
Desprezando os da roça, com
crueldade,
Gostava de moço de fala bunita,
Que a toda muié conquista.
Pobre Mariquinha,
Não sabia o que a esperava,
coitadinha,
O moço da cidade lhe batia
Toda veiz que bebia.
Gostava de rabo de saia,
E pra Mariquinha pouco ligava,
E no jogo inté a Mariquinha ele
apostava,
E pros home a sua muié ele dava.
Mariquinha, triste, chorava,
Arrependida, por não ter
escuitado
A mãe, que sempre aconselhava:
Procura um home que tivesse como
legado
A honra e a responsabilidade,
Coroado de amor e caridade.
Fala bunita e mansa
Nunca se põe na balança,
O que vale são os ato praticados,
Que deixa grande todo o
encarnado.
Mariquinha, muito tarde, isso
aprendeu,
Pois pouco tempo viveu,
Pagou seu carma em grande
aflição,
Aprendendo mais uma lição.
Aquele que se deixa leva pela
aparência,
Pela desilusão, é assediado com
freqüência,
Pois o que vale no amo,
O que é mais encantado
É ser amado e querido,
É ser respeitado, ouvido.
Oceis, meus irmãos,
Evitem muita aflição,
Sempre tendo a prudência
De não se leva por falsa
aparência!...
Luiz Lamas
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 24/7/1989.
Nenhum comentário:
Postar um comentário