quarta-feira, 1 de agosto de 2012


Luiz Lamas - Erros Sem Dó, Sempre!



O sô! Qui carma danado,

Qui avassala essa gente de forma adoidado.

Nu intanto, u qui si feiz tem qui si resgatá,

Num diantando siqué arreclamá.



Quanta dô, quanta aflição

Ataca u encarnado di uma veiz só, di rordão:

É dô materiar, espirituar, inté morar,

Qui avassala oceis di modo imparciar.



Nu intanto, im muita encarnação

Oceis erram sem dó nem apelação:

Si si pagava arguma dívida,

Contraía duas ou treis di uma só investida.



Nunca si ficou cum crédito.

Sempre si ficou cum u monte de débito,

Passando eles pra outras encarnação,

Aumentando sempre, di montão.



Deus inté qui foi bão,

Deixando oceis pagá à prestação!...

Mas, quar u quê, u ser encarnado

Sempre fazia mais dívida, num arrespeitando u aprendizado.



Ele inté arresorveu mandá umas leis

Pra ajudá vosmeceis;

Pruque, si a elas a gente fosse arrespeitando,

As dívida se ia resgatando.



Mais quar; essa gente danada

Num queria arrespeitá é nada.

Só queria vivê pela satisfação da carne, pelo prazê,

Sem siqué pensá qui um dia teria que coiê!...

Num queria siqué si apreocupá,

Pensando qui aquilo qui si faiz um dia tem qui arretorná.

I hoje chora, chamando pur Laburu i pur Pai João

Cum dô i afrição nu coração.



Mas, mesmo assim, num tão querendo arrespeitá

As leis qui u Pai mandou pra ajudá.

Inda cobiça a muié i as coisas di um irmão,

I a inveja sempre os assola di rordão.











Num faiz prus outro u qui qué pra si mesmo cum fervô.

Só qué mesmo o auxílio du Arto pra apracá sua dô,

Sem nada fazê pra dele sê merecedô,

Desobedecendo as leis di modo lamentadô.

Si esquecendo qui a semeadura é livre, é dadivosa,

Nu entanto, a colheita é obrigatória, dolorosa.



Si esquece inté qui us tempo são chegado,

I qui si deve cumprí as leis im todo seu riscado,

Pruque num si pode errá mais na presente encarnação,

Pruque num si tem tempo de sardá us erro da imperfeição,

Tampouco desrespeitá as Leis de Deus,

Qui tanto ama us fios seus.

Num si pode mais pagá us débito em prestação,

Sob pena de sê expurso pru pranetão.



Pru isso, minha moçada,

U meió é fincá u pé na verdadeira estrada,

Procurando ajuntá mais tesouro espirituar,

Si esquecendo dus bem materiar,

Arrespeitando, di Deus, us mandamento

I procurando seguí us exempro de Jesuis im todo o momento.



Luiz Lamas

                                                                                              



Psicografada no núcleo de trabalho,  na noite de 08/10/1993.

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