terça-feira, 28 de agosto de 2012


Damião – Mãe – Meus Dois Amores

 

Mãe, doce palavra a ser pronunciada

A inspirar-nos ternura qual doce balada;

Na ultima encarnação tive duas mães, dois amores

A embalarem-me em seus seios encantadores.

 

No entanto, bafejou-me iníqua sorte

Que abalou meu espírito forte:

Vi-me sem pai, sem mãe na infância finda

Que empanou o brilho de uma existência linda.

 

Somente quando somos criados sem mãe é que lhe damos o devido valor,

É que choramos por sentir falta deste carinho acolhedor;

Eu, que tive duas, no início de minha infância,

Vi-me separado da segunda, por uma enorme distância.

 

Quando sofri, por não ter uma mãe em cujo colo pudesse reclinar

Minha cabeça, a fim de poder, sem vergonha, chorar.

No entanto, a um imperador tudo é cerceado,

Até mesmo nas demonstrações das emoções, é refreado.

 

Eu não tinha uma mãe com quem pudesse desabafar,

E meus sonhos da infância, da adolescência pudesse relatar.

Agora, somente agora, no plano espiritual,

Que esse era meu carma fundamental,

Entendo a responsabilidade que existia sobre mim,

Que impedia que meus pais compartilhassem de minha vida até o fim.

Encontrei em Thereza Christina, afinal, o amor por mim almejado,

Amor conjugal e maternal, muito esperado.

 

Hoje, no Plano Espiritual,

Quero homenagear minhas mãezinhas que estão na esfera material,

Pois eu muito as amei, e as amo ainda com fervor

E com inigualável e puro amor.

 

Se uma deu-me a vida,

A outra enalteceu alguns anos de minha vida.

Provocou-me o ensejo de solver a taça da felicidade

Com o amor maternal, que somente me deixou saudade.

 

Guardei, até o final de minha vida,

A carta deixada por essa alma querida

Que expressava todo amor, que jorrava em borbotões,

De seu admirável coração.

 

Quisera eu ter o poder em minhas mãos

De sanar todas as dores que afligem seus corações;

Quisera eu que só existissem flores em borbotões

Em seus caminhos, sanando toda dor, toda ingratidão.

 

Infelizmente, não tenho esse poder, mães amadas,

Somente as posso conduzir ao longo de suas jornadas

Não podendo sanar todos os espinhos, toda tormenta

Que inúmeras vezes em suas almas se assenta.

 

Posso somente implorar a Jesus

Que as ampare com Sua pura Luz

E que sobre os espinhos sejam colocadas pétalas de flores

Para amenizar suas dores.

Contudo, fiquem cientes, mães queridas,

Que eu as ajudarei no transcurso de suas vidas

Pondo um pouco de alento, quando mais forças não tiverem na vida,

Pois, para mim, serão sempre minhas almas queridas.

 

Damião

 

Psicografada no núcleo de trabalho, na noite de 30/04/1993.

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