Damião – Isabel,
Novamente Retornarás
Quem
eras tu, que envergonhavas
Até
mesmo o belo esplendor de nossas matas?
Quem
eras tu que envergonhavas todo bom brasileiro
Que,
às vezes, não podia mesmo repousar tranquilo em seu próprio travesseiro?
O
teu nome era cativeiro
Que
aprisionavas homens de cor, de modo zombeteiro,
Garganhando
do Evangelho apregoado por Jesus,
Fazendo
pouco dos ensinamentos que para o bem conduz.
Zombava
das negras, cujos filhos eram vendidos, e do regaço arrancados,
Zombava
do negro forte, sacudido,
Preso
no pelourinho e pelas chibatas afligidos.
Zombava
quando a fome os atacava de tropel, de repente,
Tendo
somente um pouco de feijão e farinha para aplacar a fome dessa gente,
Quando,
atraída pelo aroma, roubava um petisco gostoso
E
era espancada de modo calamitoso.
No
entanto, houve uma alma nobre
Que
quis te exterminar até a morte,
E
baniu de vez a escravatura
Que,
para os negros, era verdadeira tortura.
A
Princesa Isabel, Redentora, assinou a libertação da escravatura
Com
amor e desenvoltura,
Pondo
fim aquele triste cativeiro
Que
agia de modo zombeteiro.
Trouxe
para o negro a liberdade
A
que fazia jus com toda prioridade,
Pois
assim queria Deus
Ver
livre a todos os filhos Seus.
Isabel
sabia que a libertação provocaria queda da monarquia,
Mas
não titubeou nem se arrependeu em nenhum dia,
Pois
preferia perder o trono
E
dar aos negros um futuro ameno, risonho,
Livrando
o Brasil da triste vergonha, que empanava toda a glória.
E
que maculava sua história.
À
Isabel, rendamos um pleito de glória
Pelo
seu feito na história,
Por
dar a libertação aos nossos negros irmãos
Com
carinho e amor em seu coração.
Que
o Alto a nimbe de luz
Advinda
de Jesus,
Impelindo-a
cada vez mais à ascensão
Que
almeja seu pobre coração.
E
quando, novamente, reencarnar,
Quando
para o Brasil retornar,
Que
consiga completar sua missão,
Que
pediu insistentemente, com devoção,
Que
consigas, alma querida,
Impulsionar
o Brasil para a ascensão prometida,
Que
sejas a estrela vanguardeira
A
iluminar o caminho do Brasil, prazenteira,
Para
que este seja, da Terra, o celeiro
A
abastecer o mundo inteiro.
Damião
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 29/04/1993.
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