André Luiz – Retribuas
Quando
palavras ferinas torturar-te a mente, movida pela ignorância de quem as
profere, retribuas esta ignorância de espírito com a instrução elevada do
perdão.
Se
alguém quer te enredar nas veias viscosas da lisonja, que é o veneno doce que
culmina com o orgulho desenfreado, retribuas docemente com a humildade latente.
Se
alguém quiser que caia sobre ti interminavelmente a garoa gelada da indiferença,
retribuas com o calor benéfico do amor.
Quando
te ferirem mortalmente com a calúnia, ao invés de te deixares avassalar pelo
verme do melindre, retribuas com o calor tépido da benevolência, crente que a
pessoa que age desta forma é doente mental, necessita de muitos cuidados e paciência.
Quando
fores atingido pela pedrada do sarcasmo, ou mesmo ferido pelo espinho da
injúria, retribuas não com respostas verbais, que se perdem em contendas inúteis,
mas com exemplos impregnados de amor e caridade, com a fé sincera de que os
exemplos renovam o mais empertigado coração.
Fujas
do veneno mortal da mágoa, que é uma intoxicação mental que paralisa a evolução
espiritual. Olvidas os ressentimentos, retribuindo com o amor e o perdão.
Quando
fores assediado pela doença que combale teu corpo, retribuas pelo trabalho
daqueles que te assessoram com o bálsamo que alivia todas as dores, que é o
bálsamo da resignação, buscando forças no elixir benéfico da oração. A resignação
anula o impacto do sofrimento, e a oração fortifica todo e qualquer doente.
Se
quiseres galgar a escada que te levará a ascensão espiritual, carrega a tua
cruz seguindo o Mestre Jesus. Lembrando que: Ele foi sempre golpeado com
palavras ferinas, envolto muitas vezes por lisonjas, tratado com indiferença e,
muitas vezes, caluniado, tratado com sarcasmo e injúria pelos guardas que o
aprisionaram. Todavia, nunca deixou que a mágoa avassalasse seu ser. E quando
assediado por alguma dor, entregava-se à oração. Ele é o espelho onde deveremos
refletir a nossa imagem, o exemplo dignificante de amor e perdão.
André
Luiz
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 17/07/1990.
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