sábado, 28 de julho de 2012

Maria Dolores - Humilde Imperador


Pobre humilde imperador

Que foi banido sem piedade somente dor

Desta Terra que ele tanto amou

E que o povo seu destino destinou.



Havia alvoroço na estrada

Cruzaram-se homens e espada

Para deportar o velho e pobre imperador

Velho, já um tanto arcado

E um tanto conservador.



Deixava as finanças com seus conselheiros

Que o enganou levando o império a decadência pelo seus mensageiros

Gostava de ler e fazer poesia

Esquecendo-se das finanças no dia-a-dia.



Veio enfim a República,  danada

Os que iam deportá-lo, o fizeram sem respeito

Empurrando-o para fora do palácio

Como se ele fosse da ralé, com despeito

Que não melhorou o Brasil em nada.



Vá embora velho ancião

Quem sabe orientar outra nação

Esqueça-te por completo do Brasil

Esta pátria grande e varonil.



E o velho pegou numa fronha

Esquecendo-se de sua sorte bisonha

Encheu-a de terra do Brasil

Em uma ânsia febril

E com amargura segurava-a no peito

Largando para trás suas joias, seus tesouros

Como se aquilo fosse uma peça de bom agouro.



A ti Pedro II, fazemos um pleito de glória

Pelo que fizeste na história

Agradecemos de coração

Pelo que fizeste por esta nação.





                                                        Maria Dolores

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