Luiz Lamas - A Saudade
O sô! Qui saudade danada
Qui dá em certa gentarada,
Qui faiz esquecê da barriga toda
a dô,
Pra senti saudade no peito, cum
fervo.
Snte saudade de gente querida,
Chegando a chora quando não
escuita a palavra amiga,
Dizendo qui não é grande a dô matériá,
Quando si tem o conforto amigo e
espirituá.
Essa gente não tem jeito,
Ficando triste e cum dô no peito,
Querendo te ao lado sempre o
afeto amigo,
Quando espirituarmente ta sempre
consigo.
Essa gente si contenta inté em
escuitá,
Nu telefone, a voiz amiga e
familiá,
Qui traiz alegria pra esse
coração,
Qui qué somente carinho i
atenção.
Vamo lá, gente querida,
Procurá num dá pra saudade muita
guarita,
Pruque isso artera inté a
pressão,
Qui sobe cum aceleração.
Sei que a saudade é coisa bunita,
Que existe entre gente boa e
amiga,
Mas num vamo um carma
sobrecarregá,
Deixando a saudade se aloja.
Luiz Lamas
Psicografada
no núcleo de trabalho, no CENTRO ESPÍRITA NOVA REVELAÇÃO, rua do Oratório,
420/22/24, bairro da Mooca, nesta capital, na noite de 19/10/1991, pela médium
Marly Beretta Olim Marote.
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