Luiz Lamas - Caridade é Dar sem Retribuição; Respeito é Nada Tirar
dos Semelhantes
Eta gente danada
Qui inda num aprendeu nada,
Qui num sabe só ajudá di coração,
Sem pensá logo em retribuição.
Si fazem um favô,
Si ajudam quem peregrina na dô,
Logo qué sua ajuda cobrá
Di uma forma ou di outra, de
jeito peculiá.
O sô, isso num é caridade,
É sim si aproveitá di quem tá
sofrendo di verdade,
I, ao invés de mérito angariá,
Tão arrumando débito, qui vão tê
qui sardá.
Aquele qui dá, e adepois tira cum
outra mão,
Vai tê qui arrespondê pru essa
encarnação,
É empacá pru meio da estrada, que
conduiz,
Ao regaço di Jesuis.
Quem faiz argum bem, visando tirá
proveito,
Adepois de desencarná, vai ficá
sem jeito
Di vê seus atos todos defraudado
Perante todos Espíritos de Luiz
qui si acercá ao seu lado.
Ao fazê caridade, nada si deve
cobrá,
Tampouco a infelicidade dus outro
si deve aproveitá,
Num desviá u que prus outro foi
dado
Com sacrifício e muito cuidado.
Pruque, isso também imprica nu
pecado de roubá,
Embora seja di forma indireta, um
tanto peculiá,
Num adiantando nem alegá
Qui também precisa de quem venha
ajudá.
Nada fica escondido,
Nada du prano espirituar, passa
desapercebido,
Inté um arfinete, um pedaço di
pão, ou inté mesmo um pedaço de sabão,
Tudo é visto i anotado pelo Arto,
sem perdão.
Intão vamo, minha gente,
Procurá agí di forma decente,
Pra mor di podê evoluí,
I em novos débitos num insistí.
O qui não nus pertence, nóis tem
qui arrespeitá
Pra mor di, nu praneta, podê
ficá,
Pra num sê arrastado di rordão
Pru outro praneta, onde impera a
dô cum sofreguidão.
Si tem vontade inté de arguma
coisa comê
Si deve pedí, ao invéis de tirá
sem os outro apercebê,
Pruque tirá já é roubá,
I adepois num adianta si lamenta.
Mais si deve pedí é pru dono
certo,
I não pru assistente mais direto,
Pruque, num agindo assim, vai
inté compromete
Aquele qui deu autorização, sem
sabê.
Pruque, pru cima dele cai a curpa
inevitavelmente,
Du que autorizou, impensadamente.
Si as coisa pertencê a um núcleo,
então,
Maió responsabilidade nu ato
praticado, sem apelação,
Pois isso implica na ajuda
financeira de muito irmão
Qui, às veiz, tira do necessário
pra sua própria subvenção.
Aí, então, o jurgamento du Arto
atua sem piedade
Pruque foi praticado cum
leviandade,
Tendo qui arrespondê perante juiz
inclemente
De modo nada benevolente.
Intão vamo, minha moçada,
Formá verdadeira cruzada
Pra mor de mais erro num acometê,
Impedindo a evolução de vosmecê.
Vamo seguí us exemplo de Jesuis,
Contanto sempre cum a Sua Luiz,
Praticando a verdadeira caridade
Cum amô nu coração e sinceridade.
Luiz Lamas
Psicografada
no núcleo de trabalho, na noite de 03/04/1992.
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