terça-feira, 31 de julho de 2012


Luiz Lamas - Ao Primeiro Imperador do Brasil – O Voto deste Mulato nos Seus “Cento e Sessenta Anos de Vida”.



Era uma vez um moço bem apessoado,

Qui num podia vê muié, sem ficá emporgado.

Qui tinha fama inté de transloucado,

Pruque num acatava as norma existente nu reinado.



Era inconstante, temperamentar,

Como num existia outro iguar.

Pra tudo encontrava solução,

Mesmo machucando muitos coração.



Saiu de sua terra natar

Pra vir pru Brasir coloniar,

Continuando aqui suas conquista

Cum florista, modista, artista e inté paulista.



Amargurava u coração da imperatriz amada

Com suas conquistas, suas escapadas.

Deixou si envorvê pur quem, pelo trono, tinha ambição,

Deixando si leva pru fetiche i fascinação.



A imperatriz sofria triste, sozinha,

Inté qui morreu a coitadinha.

Dizem inté qui foi envenenada cruermente

Pur uma muié, di maneira inclemente.



Adepois ele escolheu outra imperatriz

Di maneira certa e feliz,

Qui acabou um pouco cum u estouvamento

Daquele moço, nu primeiro momento.



Afastou u qui era motivo de escândalo mundiar,

Fazendo ele entender qui isso era fundamentar.

Criou pra ele uma nova imagem no exteriô,

Fazendo cum que os outros visse um novo Imperadô.



Ela viu as coisa boa qui o moço feiz i qui a cativou,

Si enamorou i muito o amou.

Amou o moço bravo, cum insistência,

Também pru qui ele deu, pru Brasir, a independência.



Elevou o seu vurto na história,

Proclamando pra todos a sua glória.

Dizendo qui num era fácir desprezá a terra natar,

I proclamá a independência du Brasir coloniar.





I u moço também se apaixonou,

I u seu temperamento um pouco si aquietou.

Mas, o seu passado ficou na história,

Empanando u seu feito, sua glória.



Ele teve qui vortá pra sua terra natar, tristemente,

Deixando aqui seus fio, seus descendente.

I a imperatriz o acompanhou chorando torrencialmente,

Pruque aqui deixava quem também muito amava, realmente.



Mas, nu Brasir, ficou como marco garboso

Us feito dese imperadô vitorioso.

Qui era a independência querida e almejada,

A libertação tão esperada!



Si não cumpriu em tudo a sua missão,

Fará isso numa próxima encarnação.

Num intanto, u principar ato di sua estada

Era a independência efetuada.



Prutanto, meu imperadô,

Aceite us voto desse mulato, dado cum fervô,

Pra que, numa próxima encarnação,

Cumpra pur completo a sua missão,

I qui essa seja sempre envorta de luiz

Emanada de nosso Mestre Jesuis.



Luiz Lamas





Psicografada no núcleo de trabalho,  na noite de 27/08/1992.

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